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Óculos que fala: biblioteca recebe dispositivo de acessibilidade para auxiliar deficientes visuais em RO


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Basta um leve toque e um novo mundo se abre. É esse o sentimento causado em portovelhenses que usaram os ‘óculos falantes’ pela primeira vez.

Uma das tecnologias mais avançadas em reconhecimento visual passou a ser disponibilizada, gratuitamente, para deficientes visuais em Porto Velho. Basta apontar o dedo para o que você deseja ler. O sensor óptico então captura a imagem, escaneia qualquer tipo de texto e faz a audiodescrição.

Os dispositivos foram disponibilizados na capital por meio de uma parceria entre o governo do estado e a prefeitura de Porto Velho.

A Biblioteca Municipal Francisco Meirelles foi a unidade contemplada com duas unidades do óculos de inteligência artificial que escaneia e transforma textos em áudio, por meio de um sistema com tecnologia israelense, o Orcam MyEye

Os óculos, além de proporcionar a experiência de transformar os textos em áudio, facilita o acesso dos deficientes, permite que a biblioteca seja mais acessível com, mais opções de títulos e leituras, pois nem todos os livros do acervo estão disponíveis em braile.

Óculos tem tecnologia israelense — Foto: Vitória Cristina/g1

Óculos tem tecnologia israelense — Foto: Vitória Cristina/g1

 

O dispositivo da marca israelense OrCam MyEye faz o reconhecimento facial, podendo gravar até 150 rostos, 180 produtos, fazer a leitura de códigos de barras, além de conseguir identificar e fazer a leitura em três idiomas diferentes: Português, Inglês e Espanhol.

Ele ainda reconhece moedas, como real, dólar, e euro, facilitando a vida do usuário e sem precisar de conexão com a internet.

Em poucos dias, os objetivos proporcionaram momentos significativos em pessoas com deficiência visual.

COMO FUNCIONA

 

O aparelho pode ser ativado por comando de voz. Com o OrCam MyEye no rosto, basta o usuário indicar com o dedo onde quer que ele leia e o sensor óptico captura a imagem e converte as informações de forma instantânea em áudio.

As duas unidades do dispositivo estão à disposição dos usuários com deficiência visual na sala de braile da Biblioteca Municipal Francisco Meirelles.

Além de disponibilizar essa tecnologia, a biblioteca desenvolve o projeto “É tempo de inclusão”, que desenvolve e ensina atividades fundamentais para o desenvolvimento cotidiano da vida da comunidade cega, como:

  • Orientação e mobilidade;
  • Atividade e vida diária;
  • Alfabetização em braile;
  • Tecnologia assistiva através dos programas dovox e nvda.

 

Como funciona o Orcam — Foto: Arte/g1

Como funciona o Orcam — Foto: Arte/g1

A escritora Ami Chuf Azzi Santos teve o primeiro contato com os óculos de inteligência artificial, em Porto Velho. Durante a reportagem, sua emoção com a tecnologia contagiou toda a equipe da biblioteca.

“É uma mudança e tanto, eu cresci na era do braille então é muito mágico tudo isso. Se eu quiser futuramente publicar um livro, não vou ter um livro meu em casa só de enfeite, vou poder ler, tocar, sentir o cheiro do meu livro. Então é uma mudança extraordinária, principalmente para quem é da minha época”, diz.

 

A Biblioteca Municipal Francisco Meirelles e a sala de atendimento aos portadores de deficiência visual estão à disposição para o atendimento ao público de segunda a sexta-feira, das 8h às 21h (não fecha para o almoço).

Escritora Ami Chuf Azzi fala sobre emoção de ouvir texto por meio do óculos — Foto: Vitória Cristina/g1

Escritora Ami Chuf Azzi fala sobre emoção de ouvir texto por meio do óculos — Foto: Vitória Cristina/g1

 

*Estagiária do g1 Rondônia sob supervisão de Jônatas Boni.

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